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O que é poliandria?

                                                                            
O Termo Poliandria

Poliandria (grego: poly- muitos, andros- homem) é a união em que uma só fêmea é ligada a dois ou mais machos ao mesmo tempo, podendo garantir uma maior chance de descendentes, entre outras vantagens. É um sistema de acasalamento que é o oposto da poliginia, forma de poligamia em que um macho possui duas ou mais parceiras.
É crença comum de muitos antropólogos que a forma mais comum de poliandria é aquela em que dois ou mais irmãos desposam mesma mulher. 
É notável que a poliandria é um tipo de poligamia menos frequente na história da humanidade que o é a poliginia, por motivos vários.
O historiador estadunidense Edward McNall Burns observa que: "(a poliandria) parece desenvolver-se sob condições de extrema pobreza, em que vários homens precisam reunir os seus recursos para comprar ou sustentar uma esposa, ou em que o infanticídio feminino é praticado como meio de controlar o crescimento da população. Este último costume não tarda a produzir um excesso de indivíduos masculinos"
A fisiologia reprodutiva humana indica que a competição entre espermatozoides de dois machos diferentes em uma única cópula não é comum em humanos, principalmente em comparação com outras espécies de primatas.


Poliandria e religião

A poliandria é expressamente proibida na Bíblia hebraica, pois é considerada adultério, o que acarreta pesados ônus para as mulheres praticantes e os nascidos de tais relações. O Islamismo também veta esse tipo de poligamia, apesar de aceitar a poliginia.



Ocorrências

Há ou houve ocorrências de poliandria no Tibete, no Ártico Canadense, no Nepal, Butão e Sri Lanka. Não se conhece comunidades indígenas contemporâneas que pratiquem a poliandria envolvendo machos não-aparentados.
No território onde hoje chamam de Brasil, no estado de Santa Catarina, o povo Xócleng pratica a poliandria (além da poliginandria).
Os xoclengues, xokleng, laklãnõ ou botocudos são um grupo indígena brasileiro do grupo Macro-Jê que habita as áreas indígenas Ibirama-La Klãnõ, Postos Velhos, Rios dos Pardos e a comunidade do Quati (Porto União), no estado de Santa Catarina, no Brasil.
Poliginandria é uma estratégia reprodutiva em que dois ou mais machos têm uma relação exclusiva com duas ou mais fêmeas. Os números de cada sexo não têm que ser necessariamente iguais e, nas espécies de vertebrados até agora observadas, o número de machos é geralmente inferior ao de fêmeas. Alguns animais adotam este comportamento de forma regular, enquanto outros recorrem a ele apenas em determinadas circunstâncias. A vantagem deste comportamento sexual é a maior diversidade genética, menor competição entre machos e maior proteção das crias. A poliginandria pode também ocorrer em sistemas sociais polígenos, nos casos em que uma população se torna demasiadamente grande para os machos manterem grupos exclusivos.
                                                                              



Em animais

A poliandria ainda é um quebra cabeça que tenta ser montado por diversos etólogos, levando em consideração o custo-benefício de tal comportamento e suas implicações. A maioria dos exemplos estudados e encontrados de poliandria na natureza são de aves e mamíferos. Um deles é a espécie de pássaro Actitis macularius (Maçarico-maculado), que em uma mesma estação reprodutiva as fêmeas copulam com dois a três machos.




Vantagens da poliandria

Algumas possíveis vantagens da poliandria para as fêmeas são[8]:maior cuidado parental;
maior variabilidade genética;
defesa de território/prole;
menor risco de infanticídio.
Apesar de existirem diversas vantagens para a espécie, na poliandria há uma balança que é levada em consideração. No caso de fêmeas que possuem um parceiro social, ou seja “fixo”, e um parceiro extra-par, elas acabam por ter muitos gastos. O macho não sabe dessas atividades, o que leva a um custo de tempo e energia da fêmea, que sai a procura de outros para acasalar, se arriscando até a contrair doenças sexualmente transmissíveis. Fora isso, ainda há o risco de ser perder o cuidado parental do parceiro fixo caso ele descubra, e do mesmo ainda matar a prole em algumas situações. 




Formação de haréns

Além da poliandria ser comum, é benéfica para ambos em alguns casos. Pode existir a formação de harém de machos, como é o exemplo da ave Jaçanã (Jacana jacana). Nessa espécie a fêmea domina o harém, que contém em sua maioria 4 machos, e defende agressivamente o território de qualquer possível ameaça. O macho por sua vez cuida da prole e do ninho, sendo que cada indivíduo é provido de uma postura da parceira. Com machos monogâmicos e fêmeas poliândricas, há uma chance deles estarem cuidando da prole de outro macho, pois 75% das posturas têm a paternidade misturada. 
 Apesar do macho fazer a corte da fêmea, em Buteo galapagoensis, o falcão-dos-galápagos, o acasalamento ocorre com parceiros diferentes. Isso permite o revezamento na proteção e incubação dos ovos, e posteriormente na alimentação dos filhotes. Sua fêmea poliândrica, utiliza da maior quantidade de machos monogâmicos (até sete) ao seu redor para proteção territorial, garantindo assim o cuidado da prole.
Já em mamíferos, é possível encontrar os suricatos (Suricata suricatta), onde as fêmeas dessa espécie também possuem harém nos quais acasalam com machos dominantes. Eles vivem em grupos onde há fêmeas subordinadas, machos subordinados e machos dominantes; no entanto, a fêmea dominante acasala com os machos dominantes. Se em algum momento a fêmea dominante sente-se ameaçada por alguma fêmea subordinada, ela expulsa a fêmea subordinada para não correr o risco de perder o domínio do seu harém. 
Há também o abandono do parceiro, como no borrelho-de-coleira-interrompida (Charadrius alexandrinus). Nesse espécie não é formado de um grupo seleto/harém. Primeiramente, o casal é formado por um macho e fêmea exclusivos, mas após a primeira ninhada um dos parceiros pode abandonar seu atual companheiro, o deixando tomar conta de sua prole já nascida, indo atrás de outro indivíduo para conquistar e reproduzir novamente. Tanto o macho quanto a fêmea podem apresentar tal comportamento, sendo mais comum neste primeiro.




Benefícios genéticos/indiretos

Algumas fêmeas são voluntariamente poliândricas, e podem até mesmo forçar seu machos a serem monogâmicos. Através desse comportamento elas podem obter retornos positivos a curto e longo prazo, como em Apis Mellifera. (ver exemplo em Sistemas de Acasalamento). Algumas hipóteses foram levantadas para tentar responder porquê essas fêmeas realizam acasalamento extra-par. Hipótese do seguro-fertilidade: há uma maior chance dos óvulos serem fecundados ao acasalar, visto que as chances da eficácia quando praticada a monogamia são menores devido à quantidade de esperma.
Hipótese dos bons genes: ao acasalar com vários machos a probabilidade que a qualidade genética vinda de parceiros não-sociais aumente, o que acarretará no possível melhoramento genético da prole e no seu cortejo sexual.
As Leoas (Panthera Leo) usam como estratégia o acasalamento com machos de fora do seu bando. Dessa forma elas têm crias de diversos indivíduos, e caso o macho alfa seja destronado, o novo líder não mata toda a prole, não correndo o risco de matar seu próprio descendente (infanticídio). Hipótese da compatibilidade genética: no mesmo ramo da hipótese dos bons genes, o acasalamento com mais machos aumentará a probabilidade de que a variabilidade genética seja maior, assim resultando numa compatibilidade mais próxima entre o DNA vindo da fêmea e do macho.






Benefícios materiais/diretos

Hipótese de mais recursos: mais machos significa mais recursos recebidos de parceiros sexuais para uma fêmea, acarretando em por exemplo, menor necessidade de busca por alimentos ou de materiais para nidificação.[13]
Hipótese de mais cuidado: com maior quantidade de machos envolvidos na criação da prole, desde a nidificação até a alimentação, maiores e mais bem divididos são os cuidados.
Hipótese da melhor proteção: mais machos permitem maior proteção do território e das fêmeas, evitando ataques de outros indivíduos.
Hipótese da redução do infanticídio: com o acasalamento extra-par e a presença de diversos machos no mesmo ambiente, há a incerteza da paternidade de cada indivíduo. Isso gera uma perda menor de filhotes, pois os machos preferem não cometer infanticídio a fim de não perder sua possível prole.

Texto retirado de Wikipédia

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