DE ONDE VEM O TERMO: CORNO?

Há algumas versões não comprovadas historicamente, mas que foram bastante difundidas!

Conta-se que a primeira vez que alguém associou o termo: “trair o marido” a “fazê-lo corno”, aconteceu lá no século II, e foi dito por um grande estudioso grego de nome Artemidorus Daldianus. Mas outras fontes falam que os gregos já associavam os chifres à traição, inspirados na história do Minotauro, por ele ser fruto da infidelidade de Pasífae, mulher de Minos, rei de Creta, com um touro dado a ele por Poseidon. Isso nos mostra que a história dos cornos é longa, confusa e bem antiga.

Conta-se também que tudo teria se iniciado na ilha dos Açores em Portugal na realização de uma festa religiosa no dia de São Marcos, 25 de abril. Há relatos de que nessa data os homens traídos por suas mulheres seguiam em procissão até o templo, lá recebiam a benção e uma coroa, enquanto os solteiros assistiam a tudo.

Segundo relatos a igreja proibiu a festa, mas o povo continuou a realizá-la à revelia e no ano seguinte ao veto, enquanto rolava a festa, um boi com os chifres bem grande entrou na igreja e se ajoelhou diante do altar na hora da coroação e por conta disso, a traição conjugal passou a ser associada aos chifres.

Dizem por aí que na França do século 19, aquele marido que punia a mulher ao descobrir que estava sendo traído e a abandonava ou devolvia à sua família era tido como um bom exemplo, um herói até; por defender a sua honra, não aceitando a traição, mas aquele que perdoava a esposa era condenado e obrigado a percorrer toda a vila, carregando na cabeça os chifres de um touro! Podemos supor, que daí surgiu uma das vertentes do termo corno; do latim "cornus" que significa chifres ou chavelhos.

Temos ainda outra versão; a de que na idade média o senhor feudal ao ficar sabendo de um casamento em seus domínios, ia para aquela localidade e tomava a noiva para desvirginá-la. Esse costume era conhecido como “o direito da primeira noite, direito do senhor ou direito da pernada!” E enquanto ele estava com a noiva era colocado a cabeça de um touro na porta da casa como sinal de que o noivo não podia se aproximar do local. Imagina-se que por conta desse detalhe, liga-se o chifre com o fato de outro homem deitar-se com uma mulher comprometida.  

Franco Donasc